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Boletim do site Algumas Observações, da escritora Fernanda Rodrigues. Clique aqui para ler este e-mail no seu navegador.

Maresia

“Estou sendo atropelada por uma onda de amor”, me ouvi dizendo a uma amiga mais próxima. Há tempos — anos, sem exagero algum —, não me sentia assim. Bytes que vêm e vão também é troca? Faço pontes entre o meu cantinho e lugares remotos. Assim celebro as pequenas conquistas diárias. O tempo passa de modo distinto, e eu fico pensando quantos anos cabem nesse intervalo que chamo de temporada 2020-2021. Muitas pessoas vieram — algumas delas parecem estar aqui desde sempre — e outras se foram. Aprender a me respeitar é mais que preciso, é questão de sobrevivência.

Leio poesia como quem respira. Cada verso agita as moléculas do meu corpo, reverberando vida. “Deu para ver na sua pele o quanto você parecia feliz por estar ali”, foi o que a minha amiga respondeu. Cada vez mais eu penso sobre o ser inteira. Em um mundo que acelera tudo em nome da produtividade, quero estar lenta, entregue e completa nas minhas relações com os outros.

Escrevo. Solto pensamentos nas páginas do meu diário sem pensar muito o que vou fazer com eles. É preciso fazer algo?! Escrevo, faço polaroides, brinco com as gatas, observo o céu. Será que voltarei a compartilhar silêncios amorosos com quem me quer bem?

A roda da fortuna está girando. Tenho sorte de receber avisos amorosos de oráculos, anjos e pessoas que me querem bem — Deus tem ótimos mensageiros. Tenho sorte por receber amor de onde menos espero. É claro que há decepções pelo caminho, que há dores pelo caminho, que há genocidas pelo caminho. Nada é cem por cento flor, mas continuo plantando e lutando. Uma hora a semente germina.

Há tempos não punha os pés fora de casa. Não sabia que agora dá para pagar o metrô com aplicativo do celular ou que finalmente arrumaram o poste e a minha rua está melhor iluminada à noite. Há tempos não saía, mas fui brindada com uma chuva de folhas das árvores sobre a minha cabeça — elas me deram o melhor de si. O amor vem de todos os lados ou sou eu que sempre me transbordo demais?

Os últimos trinta dias foram tão intensos quanto um passeio pela maior montanha-russa do mundo. Isso, de algum modo, me deixa de ressaca — uma ressaca boa, de quem tem histórias para contar. Vou com as ondas, sacolejando de um lado a outro, tentando tirar o melhor de cada experiência. A natureza também sou eu.

Converso sobre a previsão do tempo com quem sente mais frio que eu. Passo café no meio da tarde. Mergulho em sonhos com Netuno. Tenho conversas profundas sobre sentimentos piegas. Reflito sobre o que quero deixar de legado. Coleto os pequenos acontecimentos e os coloco na prateleira da vida. O tempo, por sua vez, brinca de se arrastar e correr num piscar, enquanto eu ouço os lendários entoando clássicos do rock no player do meu computador. Me rendo a uma atmosfera de esperança que me circunda, me empurrando em direção ao futuro — seja ele qual for.

Talvez eu esteja quebrando a promessa de enviar uma crônica por mês. Não sei se o que escrevo pode ser considerado crônica (no sentido Rubem Braga de ser), mas sigo. Sigo, porque tenho sede de me interligar com quem me lê. Sigo, porque quero me conectar ao mundo como fazem os bytes do meu computador. Sei que minha sede profunda nunca acabará. Ela me faz ser e estar aqui. Completa. Inteira. Sempre.

E você? Você também está me lendo por inteiro?

Folha seca e caneta preta sobre caderno de folha pontilhada. Ao lado um copo de café.

Olho para as minhas inconsciências. Elas são mapas para eu não me perder.

Maio

Oi! Espero que você esteja bem.

Quando comecei a planejar maio, achei que seria tudo muito pesado e complicado, uma vez que a minha agenda estava lotada de tarefas grandes. De fato, foi um mês cheio; entretanto, foi muito gostoso. É sempre bom poder estar, ainda que virtualmente, perto dos amigos de quem tanto gosto. Fiz sete lives, dois cursos de formação de professores, comecei a lecionar escrita literária e, ainda, terminei revisões de dois livros grandes. Eita atrás de eita.

Minha mãe e mais algumas pessoas importantes para mim se vacinaram. Isso me trouxe uma dose de alívio e de ânimo. (Se você estiver nos grupos prioritários e puder se vacinar, faça isso!)

Aniversários

Em junho, meu primeiro livro faz 2 anos de existência. Já o meu blog completa 15 anos. Quando eu abri o Algumas Observações, eu não podia imaginar que ele iria debutar, but here we are!

Eu ainda não fechei a agenda de junho, mas terei uma programação especial, então fiquem de olho neste link aqui, para saber o que vai rolar em junho.

Algumas Observações

Continuemos conversando

O tempo está passando de um modo estranho por aí também?! Como anda a vida aí do seu lado da tela? Adoraria continuar essa conversa com você, então aperte o “responder” e me diga como você está! :)

Espero a sua resposta!
Um beijo cheio de afeto,
Fernanda Rodrigues

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