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Boletim do site Algumas Observações, da escritora Fernanda Rodrigues. Clique aqui para ler o e-mail no seu navegador.

Sobre ciclos e meu livro novo!

Haruki Murakami diz que não saber exatamente sobre como começar um texto é, em geral, mais difícil, mas também é um dos modos que lhe rende os melhores textos. Eu, que amo planejar a vida, não gosto de planejar a minha escrita. Já ensaiei diversas vezes o que enviar na newsletter, não gostei de nada, portanto, me calei.

Minha amiga achou curioso quando lhe disse que venho organizando a minha vida de acordo com as estações do ano. De fato, minha rotina tem sido uma nas estações mais quentes e outra nas mais frias. Isso me ajuda a concatenar melhor as ideias e ações. Isso me ajuda a me compreender como ser humano solar que não é lá muito fã do frio que sou.

Viver em ciclos me fez me questionar como me organizaria para continuar escrevendo. Em 2018, quando reuni textos escritos naquele ano e nos meses anteriores para fazer deles meu primeiro livro, ainda não tinha noção do quanto os poemas que compõem o A Intermitência das Coisas continuariam reverberando na minha existência.

Mas eles continuaram e, de certo modo, ainda continuam. Então veio a dúvida: qual seria o momento adequado para voltar a escrever? Quando começar a reunir novos textos? Quando me lançar novamente na jornada editorial que é parir um livro?

Cada autor tem uma resposta diferente para isso, e talvez a minha não seja definitiva. Sei que comecei a rascunhar um poema aqui outro ali em fevereiro de 2020. Assim como foi com o A Intermitência das Coisas, o que era para ser algo despretensioso começou a ganhar forma. Em novembro de 2020 já tinha a maior parte dos textos prontos. Depois começaram os processos de leitura crítica, ajustes, acréscimo de textos, primeira revisão, reescrita, segunda revisão. Houve mergulho, houve medo, mas também houve coragem.

Quando diminuir o foco de um livro nascido para outro nascer é algo que eu ainda não tenho uma resposta concreta. De qualquer modo, quero aproveitar o dia do escritor para compartilhar com todos que um ciclo de escrita se encerrou neste inverno e, agora, está prestes a nascer. Agora, ao longo desta semana formalizo a assinatura do contrato com a Editora Penalux para publicar meu segundo livro, que se chamará Rasgos dentro da minha própria pele.

O friozinho na barriga já me habita aqui. O lançamento está previsto para este ano ainda, então vou te avisando por aqui, pelo Algumas Observações e pelas minhas redes sociais (#rasgosdentrodaminhapropriapele — todos os links estão no fim da newsletter).

Trecho do livro Romancista como vocação, do escritor japonês Haruki Murakami
(página 72, Editora Alfaguara). Escrevi uma resenha desse livro
aqui.

Junho e julho

Da última vez que te escrevi, disse que estava sumida e que pretendia voltar sem me cobrar. Por isso apareço só agora. Em resumo: uma das minhas gatas ficou doente (até agora estamos investigando o que ela tem), viajei a trabalho para participar da minha primeira mesa como escritora (com uma das minhas melhores amigas como companhia. Obrigada de novo, Sis!), trabalhei cobrindo a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, organizei uma antologia (mais sobre ela, em breve), cuidei da minha família quando meus pais pegaram covid, depois fui cuidada quando eu tive covid, reencontrei um monte de gente que amo (antes e depois de ficar doente, não durante!), tomei a quarta dose da vacina, escrevi orelha para o livro da Livia (que será lançado no mês que vem, mais detalhes abaixo), gravei até uns reels/tiktoks, comemorei os 16 anos do blog, participei de um clube de leitura (como autora), finalizei o meu livro e enviei o manuscrito para a editora, fiquei alegre/triste/preocupada/em paz/tudo ao mesmo tempo. Além disso, continuei trabalhando, fazendo Pilates, cuidando da casa e todas essas coisas do dia a dia. Ou seja, muita coisa aconteceu, e eu nem tive tempo direito de processar.

Às vezes as pessoas me perguntam como eu faço tantas coisas e dou conta de tudo. A verdade está aí: eu planejo e faço muito, de fato, mas não dou conta de tudo ao mesmo tempo. Alguma coisa fica pelo caminho. Em junho, foi a newsletter. :(

Seguimos!

Livros e mais livros!

Além do meu livro, tem outro que vai nascer (antes do meu!). A Livia Brazil é minha amiga, minha aluna e autora de dois romances (Queria tanto e Coisas não ditas). Em agosto ela vai lançar o terceiro livro dela, agora de poesia/prosa poética, O semitom das coisas. Para quem for do Rio de Janeiro, vale a pena passar no lançamento! Eu escrevi a orelha do livro e posso garantir que será uma ótima leitura!

Para quem quiser acompanhar a live de lançamento (que será num dia diferente), pode acompanhar o canal da Editora Penalux. Você também pode saber tudo sobre o trabalho da Livia no blog dela: https://liviabrazil.wordpress.com/ e no instagram @liviagbrazil.

Quem estiver com pressa e já quiser comprar na pré-venda, pode acessar o site da editora, aqui.

Sinopse: Com referências musicais, O semitom das coisas, coletânea de poesias da autora Livia Brazil, tem como objetivo levar o leitor para visitar as fases pelas quais um relacionamento passa. Brincando com o significado da palavra “semitom”, Livia mostra que mesmo o mais próximo possível, às vezes as coisas não se tocam e, por isso, se perdem. O semitom das coisas é intenso e melódico e vai colocar o leitor para dançar ao som de sua poética única.
Gênero: Poesia

Até mais!

Se você leu até aqui, muito obrigada. Se quiser trocar uma ideia, clique em responder ou escreva para contato@algumasobservacoes.com. Vou ficar muito feliz de estreitar laços e saber como estão as coisas aí do outro lado. <3

No mais, deixo o convite para você continuar me lendo lá no meu blog:

Algumas Observações

Um beijo carinhoso,
Fernanda Rodrigues

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